quinta-feira, 25 de junho de 2009

Sonho e realidade

Eu tive um sonho, e nesse sonho o mundo era diferente. Ele era tão perfeito que, por um instante, pensei que tivesse morrido e estava no céu. Mas descobri que não se tratava do céu, e sim de um mundo novo. No meu sonho as pessoas se respeitavam e se toleravam mais, realmente existia amor entre elas; não um amor sentimental, mas sim um amor que punha em prática velhos ensinamentos.

A poluição não estava acabando com o mundo porque tínhamos aprendido a viver em sociedade e a não degradar o meio em que vivíamos. A água era abundante porque a gente sabia usá-la com sabedoria. A televisão era um canal de instrução e cultura, e os livros eram grandes professores. As músicas não continham palavrões e pornografia, mas serviam para alegrar a alma. As crianças podiam estudar brincando e crescer com saúde e sabedoria. Os maridos amavam e respeitavam suas esposas e ainda se acreditava em casamento.

A África já não era considerada o continente mais pobre do mundo e América Latina já não era conhecida somente por sua beleza natural e tráfico de drogas, mas todos os países eram iguais. Não havia menor ou maior, e um governo ajudava ao outro sem nenhum interesse além do bem estar de suas nações. Não havia violência, nem gratuita nem paga.

Mulheres não eram mais usadas somente para trabalhos domésticos ou reprodução, tampouco eram subjugadas a desejos sexuais masculinos; eram consideradas obras-primas do Criador. Deus era o centro de todas as coisas e a razão porque buscávamos viver em unidade. O homem então havia compreendido o amor de Deus por nós e porque Ele enviou o Seu único Filho para morrer pelos nossos pecados: para que pudéssemos ter vida em abundância. Dizer que éramos membros do Corpo de Cristo agora fazia sentido.

Mas então acordei, e vi que o mundo não havia mudado. Coisas como poluição, violência, intolerância, desrespeito e desigualdade ainda existiam. Tudo estava no mesmo lugar e por um instante fiquei triste, mas o Senhor me trouxe à memória aquilo que está escrito, “Levanta-te, resplandece, porque é chegada a tua luz, e é nascida sobre ti a glória do Senhor. Pois eis que as trevas cobrirão a terra, e a escuridão os povos; mas sobre ti o Senhor virá surgindo, e a sua glória se verá sobre ti. E nações caminharão para a tua luz, e reis para o resplendor da tua aurora. Levanta em redor os teus olhos, e vê; todos estes se ajuntam, e vêm ter contigo; teus filhos vêm de longe, e tuas filhas se criarão a teu lado. Então o verás, e estarás radiante, e o teu coração estremecerá e se alegrará; porque a abundância do mar se tornará a ti, e as riquezas das nações a ti virão.” (Is 60.1-5).

Naquele momento entendi que isso não precisava ser sonho ou utopia, mas que dependia de mim, de nós, fazermos isso real. Porque nós somos a luz do mundo e essa luz deve brilhar diante dos homens, para que eles vejam as nossas boas obras, e glorifiquem a nosso Pai, que está nos céus. (Mt 5.14 a16). Precisamos agir, não podemos mais nos conformar com coisas deste mundo. Precisamos sair do nosso comodismo consentido e do nosso egoísmo gospel de nos preocuparmos apenas com a nossa salvação e o bem estar de nossa igreja.

Não podemos mais viver Cristo sem a cruz. Porque se eu sei fazer o bem e não faço, cometo pecado. É minha obrigação como cristão servir ao meu irmão e os meus braços não podem estar encolhidos. Nós ganhamos uma vida em Cristo para servi-Lo, e fazemos isso quando servimos aos nossos irmãos.

by undergraund